A
sociabilidade constitui o ser humano do início ao fim de sua vida.
Relacionar-se com outras pessoas é uma necessidade constante para o bem-estar
psíquico e também físico. A solidão adoece. O encontro enriquece. A vida em
grupo possibilita crescimento, aponta oportunidades, consola nos momentos
difíceis. Mas nem sempre a convivência é simples.
Conviver é o
desafio de encontrar harmonia nas relações, equilibrando planos compartilhados
com visões de mundo diferenciadas. Nesse aprendizado diário, momentos de
alegria se alternam com pequenas discussões, que às vezes abalam o
relacionamento com a família, com os amigos, com o companheiro ou companheira.
Apesar dos altos e baixos nas relações interpessoais, o ser humano precisa do
contato com o outro para viver bem.
O indivíduo
isolado não existe, mesmo quando estamos sós os outros nos acompanham
internamente.
A construção
desses laços sociais começa desde o nascimento, quando mãe e bebê estabelecem
os primeiros vínculos. Depois, cada etapa vai constituindo novas redes de
relações: o ambiente escolar, as tribos da adolescência, os colegas da
faculdade, o casal, os grupos de terceira idade.
A
sociabilidade nos constitui por toda a vida, é assim que se aprende a confiar
em si mesmo e não temer o mundo.
Na juventude, redes sociais podem
facilitar encontros entre as "tribos"
Adolescência marca o exercício de
pertencimento a determinados grupos sociais
Fazer as próprias escolhas marca a
adolescência, quando começa o exercício de pertencimento a determinados grupos
sociais. As redes na internet podem até facilitar esses encontros, se não se
restringirem ao virtual.
Por meio das redes eles podem articular os
contatos para combinar o esporte, a festa, a viagem.
Em um relatório emitido no ano passado, a
Academia Americana de Pediatria cita como benefícios das mídias sociais para
crianças e adolescentes justamente o aumento das habilidades comunicativas e
oportunidades de conexão social. Segundo o relatório, grande parte do
desenvolvimento social e emocional da chamada Geração Y decorre do uso da
internet.
O pesquisador em comunicação Marco Bonito,
que estuda mídias digitais e dinâmicas sociais, destaca que o uso de certas
ferramentas online acaba interferindo nas decisões e impactando no modo como as
pessoas se deslocam pela cidade.
Se você vê seus amigos fazendo check-in em um
determinado local, você pode tomar a decisão de ir até lá e se encontrar com
eles.
É claro que, assim como pode trazer
benefícios, há riscos pelo mau uso de ferramentas digitais. Existem os prós e
contras das redes sociais na adolescência. Entre os riscos, há adolescentes que
utilizam Facebook com maior frequência demonstrariam mais tendências
narcisistas e sinais de agressividade, teriam maior propensão à ansiedade,
depressão e outros distúrbios psicológicos, além de afetar a aprendizagem.
A fórmula a ser
descoberta para uma conexão saudável com o outro, seja virtual ou pessoal, como
sempre, é o equilíbrio 
 
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