sábado, 8 de junho de 2019

FRATERNIDADE E JUVENTUDE

A sociabilidade constitui o ser humano do início ao fim de sua vida. Relacionar-se com outras pessoas é uma necessidade constante para o bem-estar psíquico e também físico. A solidão adoece. O encontro enriquece. A vida em grupo possibilita crescimento, aponta oportunidades, consola nos momentos difíceis. Mas nem sempre a convivência é simples.
Conviver é o desafio de encontrar harmonia nas relações, equilibrando planos compartilhados com visões de mundo diferenciadas. Nesse aprendizado diário, momentos de alegria se alternam com pequenas discussões, que às vezes abalam o relacionamento com a família, com os amigos, com o companheiro ou companheira. Apesar dos altos e baixos nas relações interpessoais, o ser humano precisa do contato com o outro para viver bem.
O indivíduo isolado não existe, mesmo quando estamos sós os outros nos acompanham internamente.
A construção desses laços sociais começa desde o nascimento, quando mãe e bebê estabelecem os primeiros vínculos. Depois, cada etapa vai constituindo novas redes de relações: o ambiente escolar, as tribos da adolescência, os colegas da faculdade, o casal, os grupos de terceira idade.
A sociabilidade nos constitui por toda a vida, é assim que se aprende a confiar em si mesmo e não temer o mundo.

Na juventude, redes sociais podem facilitar encontros entre as "tribos"
Adolescência marca o exercício de pertencimento a determinados grupos sociais
Fazer as próprias escolhas marca a adolescência, quando começa o exercício de pertencimento a determinados grupos sociais. As redes na internet podem até facilitar esses encontros, se não se restringirem ao virtual.

Por meio das redes eles podem articular os contatos para combinar o esporte, a festa, a viagem.
Em um relatório emitido no ano passado, a Academia Americana de Pediatria cita como benefícios das mídias sociais para crianças e adolescentes justamente o aumento das habilidades comunicativas e oportunidades de conexão social. Segundo o relatório, grande parte do desenvolvimento social e emocional da chamada Geração Y decorre do uso da internet.
O pesquisador em comunicação Marco Bonito, que estuda mídias digitais e dinâmicas sociais, destaca que o uso de certas ferramentas online acaba interferindo nas decisões e impactando no modo como as pessoas se deslocam pela cidade.
Se você vê seus amigos fazendo check-in em um determinado local, você pode tomar a decisão de ir até lá e se encontrar com eles.
É claro que, assim como pode trazer benefícios, há riscos pelo mau uso de ferramentas digitais. Existem os prós e contras das redes sociais na adolescência. Entre os riscos, há adolescentes que utilizam Facebook com maior frequência demonstrariam mais tendências narcisistas e sinais de agressividade, teriam maior propensão à ansiedade, depressão e outros distúrbios psicológicos, além de afetar a aprendizagem.
A fórmula a ser descoberta para uma conexão saudável com o outro, seja virtual ou pessoal, como sempre, é o equilíbrio

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