Não é preciso nenhum esforço para perceber o quanto
é difícil viver de forma harmoniosa. Parece que o tempo todo somos testados
para sair do prumo, para dizer verdades, cair na culpa, ou chorar no silêncio.
E apesar desse tipo de comportamento ser mais nas mulheres, os homens também
não escapam desse aprendizado.
Percebemos que mais difícil do que se conectar com
Deus é vê-Lo no semelhante, e quanto mais próxima essa pessoa for, quase sempre
é ainda mais difícil. Porque quando nos conectamos com Deus precisamos nos
abrir, deixar fluir sua Luz, receber e aceitar aquilo que nos acontecer com
alegria, porque será aquilo que vamos ter.
Na nossa relação com Deus, sempre nos restará
aceitar o que nos couber, porque a palavra final é Dele e sempre será. Agora,
nos relacionamentos, não lidamos com almas puras, iluminadas que querem apenas
o nosso bem. Lidamos com pessoas com caprichos, com mágoas guardadas, com
histórias de vida, às vezes, completamente diferente das nossas.
E o que fazer? Que língua falar com esta pessoa que
está no nosso caminho, e com a qual precisamos nos relacionar, se não com amor,
pelo menos de uma forma gentil, delicada?
Isso tudo pode parecer lógico para alguns e, no
mínimo, irritante para tantos outros, mas ainda que não gostemos, teremos que
aceitar o fato de que a felicidade na nossa vida depende de nós e não de
circunstâncias externas, e que lidar com a vida poderá ser mais leve se
relevarmos muitas coisas.
Pessoas tristes, emocionalmente pesadas, costumam
carregar muitas mágoas e muitas esperanças frustradas, algumas que de fato
poderiam ter dado certo, e outras em que nunca tiveram muita chance, porém, o
desapego nem sempre é natural como poderia ser.
Os mentores ensinam que conviver em família, no
amor e mesmo no trabalho, é o buril da nossa evolução. E justamente por isso
tende a ser o maior desafio na vida das pessoas. Porque conviver significa
colocar em prática tudo aquilo que fomos, desde a infância, convidados a
aprender, como o respeito aos pais, às pessoas mais velhas, doentes, e mesmo
amigos e familiares em maus momentos. Precisamos respeitar as pessoas e quando
percebemos que seremos respeitados -mas que o outro não tem a sabedoria de nos
tratar como merecemos-, o único caminho é se afastar, se não fisicamente
(porque nem sempre isso é possível), saibamos ao menos observar quem é a pessoa
e o que ela poderá nos oferecer.
Conviver é também sinônimo de sabedoria, de
treino de amor que oferecemos ao outro e a nós mesmos. Porque não há como amar
alguém sem se aperceber de oferecer primeiro amor a nós mesmos, e que se
agirmos assim com mais auto-estima, com certeza, não nos magoaremos com tanta
facilidade. Mas, se no caminho da vida surgirem as inevitáveis frustrações, não
podemos esquecer que esta existência é um exercício para o nosso espírito que é
eterno e muito maior que os nossos altos e baixos. E é por isso que,
constantemente, vamos e voltamos para Deus, porque é Ele que sempre pode nos
ajudar a viver com mais amor e mais luz. Ele é o nosso mais fiel amor e
companheiro, ainda que não faça sempre o nosso gosto 
 
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