Objetivo- Refletir sobre as principais características da adolescência e seu lugar social
Desenvolvimento 
 1ª etapa - Introdução
Muita gente considera a adolescência um ensaio para a "vida
real". Mas, nesse caso, o que leva muitos adolescentes a desistir antes da
estréia, isto é, cometer suicídio antes de ingressar no mundo adulto? Por que
abrem mão desse tempo de experimentação e descoberta?
Um lugar ao sol
Até bem pouco tempo, não existia adolescência: tão logo a criança
ganhava certa autonomia dos movimentos, era incluída automaticamente no mundo
dos adultos, como um "adulto em miniatura". Hoje, a adolescência é
reconhecida como um período da vida encravado entre a infância e a vida adulta.
É um processo psicossocial que tem regras próprias de funcionamento, submetidas
a determinações culturais, que só agora estamos conhecendo melhor.
Os fatores socioeconômicos exerceram grande influência para a
"invenção" da adolescência. Assim, a entrada no mundo adulto é
representada, principalmente, pelo ingresso no mundo do trabalho, a conquista
da emancipação financeira. Hoje, porém, praticamente no mundo inteiro, a
estratégia social é adiar ao máximo o acesso do jovem ao mercado de trabalho.
Um exemplo é o famoso requisito "experiência" exigido para qualquer
emprego. Além disso, o jovem precisa se qualificar mais e mais, ou seja, deve
prosseguir com os estudos em quantidade e qualidade, para afinal ingressar num
mundo de relações profissionais extremamente competitivas. O resultado é que a
passagem para a "vida adulta" é cada vez mais tardia, bem posterior
às transformações físicas da puberdade: embora biologicamente maduro para a
procriação e o trabalho, o jovem é considerado imaturo, tanto para o exercício
de sua sexualidade quanto para a responsabilidade social.
Isso tudo indica que parece não haver um lugar ao sol garantido para as novas gerações, o que as transforma em estopim dos conflitos (particularmente relacionados à violência) com relação a seu entorno social: a família, a escola, a comunidade etc. Sem emprego, com pouco dinheiro, sem uma escolaridade competitiva e alvo dos fortes apelos do mercado dirigidos ao consumo do "segmento jovem", muitos adolescentes não sabem como aproveitar o tempo livre. E, dizem os especialistas da área, quanto mais tempo ocioso, maior é a vulnerabilidade do jovem à violência, às drogas etc.
Esses conflitos não se materializam apenas na relação com o entorno social. Eles se abrigam no próprio adolescente: a depressão é um exemplo nítido. Hóspede de um corpo estranho, alheio àquele da infância, o adolescente, do ponto de vista psicológico, deve realizar um intenso "trabalho interno". Ele é forçado a vivenciar o luto de seu corpo e de sua identidade infantis, lançando-se rumo aos valores e projetos adultos, em busca de uma nova identidade.
Isso tudo indica que parece não haver um lugar ao sol garantido para as novas gerações, o que as transforma em estopim dos conflitos (particularmente relacionados à violência) com relação a seu entorno social: a família, a escola, a comunidade etc. Sem emprego, com pouco dinheiro, sem uma escolaridade competitiva e alvo dos fortes apelos do mercado dirigidos ao consumo do "segmento jovem", muitos adolescentes não sabem como aproveitar o tempo livre. E, dizem os especialistas da área, quanto mais tempo ocioso, maior é a vulnerabilidade do jovem à violência, às drogas etc.
Esses conflitos não se materializam apenas na relação com o entorno social. Eles se abrigam no próprio adolescente: a depressão é um exemplo nítido. Hóspede de um corpo estranho, alheio àquele da infância, o adolescente, do ponto de vista psicológico, deve realizar um intenso "trabalho interno". Ele é forçado a vivenciar o luto de seu corpo e de sua identidade infantis, lançando-se rumo aos valores e projetos adultos, em busca de uma nova identidade.
Aí é que surge o problema. Obrigado a abandonar a vida infantil,
ele não é aceito de imediato na vida adulta (representada entre outras coisas
pelo mundo do trabalho), permanecendo então no "limbo" da
adolescência e tornando-se presa fácil dos apelos de consumo, das drogas, do
sexo irresponsável, da violência, da depressão e mesmo do suicídio.
Coordene uma pesquisa na sala de aula ou em toda a escola para verificar quais são os ídolos entre os adolescentes e o que esses ídolos representam, ou seja, quais as razões que levam os jovens a escolher tal ou qual personagem.
Coordene uma pesquisa na sala de aula ou em toda a escola para verificar quais são os ídolos entre os adolescentes e o que esses ídolos representam, ou seja, quais as razões que levam os jovens a escolher tal ou qual personagem.
2ª etapa - Proponha
uma redação em torno do tema: "qual é a cara do adolescente hoje?"
3ª etapa - Solicite
que os alunos tragam para a aula algumas revistas dirigidas ao público
adolescente e analise, com eles, o teor das reportagens. Como tratam o
adolescente? Como uma criança crescida? Como um falso adulto? Como deve ser,
segundo os alunos, o diálogo com o adolescente?
4ª etapa - Coordene
um levantamento sobre o cotidiano dos adolescentes das escolas privadas e
públicas: quais os sonhos de cada qual? O que fazem com seu tempo livre? O que
eles pensam que estarão fazendo daqui a 10, 30, 50 anos?
5ª
etapa - Encomende à classe a redação de uma espécie de Declaração
Universal dos Direitos e Deveres do Adolescente, com itens como saúde,
educação, trabalho, moradia, segurança, justiça, liberdade etc. A seguir, leia
e examine com os alunos o Estatuto da Criança e do Adolescente - o documento
oficial, legal, que os protege.
 
 
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