A construção da paz começa a partir de uma atitude
pessoal que pode se refletir depois em diversos campos da vida, no meio
ambiente, na sociedade, na saúde coletiva entre outros. Essa discussão se
fortalece a partir da crescente visão da interdependência global e da responsabilidade
universal pela construção de um novo mundo e coloca este tema como uma das
principais ações educativas, que promovem fontes efetivas de paz no mundo.
A juventude hoje é que tem sido o maior alvo dos
problemas sociais, políticos e ambientais que vem se acumulando dede o
desenvolvimento do capitalismo. O surgimento da violência, do crime e dos
comportamentos destrutivos, situações nas quais os jovens são vítimas
potenciais, mostram a grande tarefa que a juventude tem de transformar estes
padrões que tem promovido tanta guerra no mundo.
De acordo com a UNESCO, a cultura de Paz “está intrinsecamente
relacionada à prevenção e à resolução não-violenta de conflitos” e
fundamenta-se nos princípios de tolerância, solidariedade, respeito à vida, aos
direitos individuais e ao pluralismo.
Os processos e padrões da segurança pública, da
guerra e da paz estão no processo de mudança. Nos 10 últimos anos tem crescido
o número de grupos terroristas organizados e isto tem sido uma das varáveis
para outro tipo de guerra onde eles estão instalados. Hoje há mais de 14
guerras e conflitos armados em andamento.
Segundo relatórios da OMS a violência mata mais de
1,6 milhões de pessoas no mundo a cada ano e outros milhões de pessoas são
mutiladas devido a ataques. Os índices de assassinato e violência doméstica têm
crescido espantosamente em várias partes do mundo. O Presidente da OMS, alerta
para a necessidade de se investir em educação para desenvolver uma compreensão
diferente da violência, pois muitas pessoas pensam que a violência é algo
pessoal e não social, e ignoram as consequências destes atos para a sociedade
como um todo.
A proposta da cultura de paz busca alternativas e
soluções para estas questões que afligem a humanidade como um todo, não se foca
na questão da violência, mas na paz como um estado social de dignidade onde
tudo possa ser preservado e respeitado. Estes pontos são um dos grandes
desafios da construção de uma cultura de paz.
De acordo com David Adams, a cultura de paz tem
como base oito pilares:
1. Educação para uma cultura de paz; 2. Tolerância
e solidariedade; 3. Participação democrática; 4. Fluxo de informações; 5.
Desarmamento; 6. Direitos humanos; 7. Desenvolvimento sustentável; 8. Igualdade
de gêneros
É válido lembrar que para construir uma sociedade
mais humana, é fundamental, que cada um começa por si mesmo e faça sua parte
por meio de uma mudança de atitudes, valores e comportamentos que visem à
construção de um mundo mais justo e melhor de se viver.
Assista esta reportagem sobre as possibilidades
alternativas para que cada um comece a construir a cultura de paz:
Movimento Internacional por uma Cultura de Paz e
Não-violência
O ano 2000 foi o ponto de partida para a grande mobilização, assim como
foi o Ano Internacional para a Cultura de Paz. Foi neste momento que as Nações
Unidas iniciou um movimento global para a cultura de paz criando uma “grande
aliança” que unia todos os movimentos já existentes que já trabalhava em prol
da cultura de paz nos 8 âmbitos de ação. Este movimento vem crescendo com a
Década Internacional para a Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do
Mundo (2001-2010).
(Resolução das Nações Unidas A /RES/53/25).
Este movimento representa uma oportunidade de
participação que abre portas para que todos juntos possam trabalhar as
possibilidades de transformação de uma cultura orientada pela desconfiança,
competição e uso abusivo do poder em uma Cultura de Paz, diálogo e
responsabilidade compartilhada.
Cultura de Paz – Documentos Internacionais
·
Declaração
de Durban – Relatório da Conferência Mundial Contra o
Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, 2001
·
Resolução
ONU 58/11 – Década Internacional pela Cultura de Paz e Não-violência para as
Crianças do Mundo, 2001 – 2010, 2000
Algumas organizações e movimentos
que trabalham com essa temática:
Agência Cultura de Paz – A Cultura de Paz é uma Agência de Comunicação focada na
disseminação de conceitos, informações e estímulos às boas práticas, à
valorização do capital humano.
AMISRAEL – O Mensageiro da Paz — É uma organização não governamental (ONG)
com atuação internacional em prol da paz entre os povos e nações. Congrega
pessoas de todos os países, raças, religiões e credos que se identificam com os
ideais da AMISRAEL, dispostas a repudiar ao terrorismo e de promover
incondicionalmente a paz.
Instituto Pólis – Convivência
e Cultura de Paz – As rodas de Convivência e Cultura de Paz são vivências
participativas e coletivas, que buscam identificar os principais desafios,
experiências e poéticas dos grupos de jovens dos Pontos de Cultura. Através
destas atividades serão identificados os conflitos e valores existentes, bem
como formas e espaços de resolução através do diálogo e da convivência.
Tem como objetivo ser um polo formulador e irradiador de criação e de
compartilhamento de conhecimentos, práticas e políticas públicas de convivência
e Cultura de Paz. Visa a convivência plural entre diferentes culturas,
incentivando a compreensão do outro e de si mesmo.
Educadores para a Paz – É uma ONG de Porto Alegre que visa:
a) Contribuir para a prevenção e o combate à violência, através de
programas e propostas metodológicas de educação para a paz e a não-violência;
b) Promover o desenvolvimento da educação para a paz através de programas de qualificação de educadores na área da educação para a paz e a não-violência;
c) Cooperar com as autoridades e entidades governamentais para a instituição de políticas educacionais voltadas para a construção de uma cultura de paz;
d) Desenvolver estudos e pesquisas, na perspectiva da construção de uma cultura de paz ativa, em intercâmbio com instituições acadêmicas e de desenvolvimento social;
e) Promover os valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e de outros valores universais, através de programas de formação e integração comunitários, envolvendo crianças, jovens e adultos.
b) Promover o desenvolvimento da educação para a paz através de programas de qualificação de educadores na área da educação para a paz e a não-violência;
c) Cooperar com as autoridades e entidades governamentais para a instituição de políticas educacionais voltadas para a construção de uma cultura de paz;
d) Desenvolver estudos e pesquisas, na perspectiva da construção de uma cultura de paz ativa, em intercâmbio com instituições acadêmicas e de desenvolvimento social;
e) Promover os valores da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e de outros valores universais, através de programas de formação e integração comunitários, envolvendo crianças, jovens e adultos.
Gente que Faz Paz - O Programa Gente que Faz a Paz foi criado com o objetivo de capacitar
voluntários e profissionais que atuam em projetos sociais, educacionais e
ambientais para o comprometimento e promoção da Cultura de Paz.
Gente que Faz a Paz é o resultado de diversas parcerias desenvolvidas
entre a UNIPAZ (Universidade Internacional da Paz), a associação Palas Athena,
a URI (Iniciativa das Religiões Unidas), o Viva Rio, o Afro Reggae e a UNESCO.
Instituto Sou da Paz – O
Instituto Sou da Paz é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público) que trabalha pela prevenção da violência no Brasil, procurando
influenciar políticas públicas nessa área.
A missão do Instituto Sou da Paz é contribuir para a efetivação no Brasil
de políticas públicas de segurança e prevenção da violência que sejam eficazes
e pautadas pelos valores da democracia, da justiça social e dos direitos
humanos, por meio da mobilização da sociedade e do Estado e da implementação e
difusão de práticas inovadoras nessa área.
Movimento Cultura de Paz (BA) – O Movimento Cultura de Paz (MCPAZ) é uma rede de integração de
coletivos, grupos, ong’s, movimentos, energias e seres na biorregião de
Salvador alinhados com a cultura de paz, a formação integral do ser humano e a
cura planetária.
UNIPAZ – A Rede Internacional UNIPAZ é composta por diversas unidades e
foi criada para disseminar uma Cultura de Paz, promovendo a inteireza do ser a
partir do paradigma transdisciplinar e holístico. Objetiva construir pontes
sobre todas as fronteiras, contribuindo para a formação de uma nova
consciência.
Vitae Civilis - Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz é uma ONG, que
tem como objetivo contribuir para a construção de sociedades sustentáveis, ou
seja, sociedades que conciliam o desenvolvimento humano, em todas as suas
dimensões (econômica, cultural, social, etc.), associado à conservação
ambiental, tendo democracia e justiça social como base.
Tem como missão “Promover o desenvolvimento sustentável por meio de
apoio a elaboração e implementação participativa de políticas públicas
integradas; gerar e disseminar conhecimento e práticas nas áreas de clima,
energia, águas e de serviços ambientais; e fortalecer organizações e iniciativas
de sociedade civil em tais áreas”.
Viva Rio – O Viva Rio é uma organização não-governamental, com sede no Rio
de Janeiro, engajada no trabalho de campo, na pesquisa e na formulação de
políticas públicas com o objetivo de
promover a cultura de paz e o desenvolvimento social.
Zero a Seis – Instituto Primeira Infância e Cultura de Paz – É uma Organização
que tem por missão “produzir e disseminar conhecimento
científico relacionado à primeira infância – do período gestacional aos 6 anos
– como instrumento de promoção da cultura de paz.
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