No "eu"
estão os fundamentos da nossa personalidade. Trata-se da identidade existencial
de cada um de nós, isto é, somos o que somos em decorrência deste
"eu" transcendente. Mas, é no "OUTRO" que o "eu"
se revela. Somos surpreendidos pelo que somos, ou melhor, descobrimos quem
somos, quando confrontamos nosso "eu" com o "OUTRO". É o
"OUTRO" quem manifesta sem máscaras, sem disfarces a verdadeira
identidade do "eu". Quando o "eu" está apenas em si mesmo,
relacionando-se apenas consigo mesmo, ele é paciente, indulgente, carinhoso,
quieto, tolerante, quase perfeito. Mas, diante do "OUTRO" ele se
exaspera, se impacienta, ele agride, ele fere, ele se revela. Alguém já afirmou
que somos como reagimos, ou seja, a reação revela o verdadeiro caráter do
"eu". Se assim o é, então, o "OUTRO"
quase sempre força a reação e na reação o "eu" se desnuda e
, maiormente, envergonha-se.
Martin
Buber, filósofo contemporâneo, parafraseando o evangelho de S. João,
especificamente no capítulo 1, verso 1, quando diz: "No princípio era
o verbo..." , escreve: "No princípio era a relação...".
Ou seja, o "verbo", ou o "logos" , segundo o grego, é a
palavra, ação. Para Martin, toda ação nada mais é do que uma relação. Estamos
nos relacionando ora com Deus (o "eu" com o "Eu"); ora com
nós mesmos (o "eu" com o "eu"); ora com as pessoas ( o
"eu" com o "OUTRO"); ora com as coisas. Seguindo este
raciocínio, "A causa dos grandes conflitos sociais reside no fato de não
aplicarmos perfeitamente os verbos "amar" e "usar". Isto é,
ao invés de amarmos as pessoas e usarmos as coisas, estamos usando as pessoas e
amando as coisas."
O
grande desafio, portanto, é amar o "OUTRO", porque, se por
um lado o "OUTRO" revela o "eu" que temos, e isto assusta ,
por OUTRO, será um valioso instrumento para dimensionar corretamente este
"eu". É procedente o provérbio bíblico :" Como o ferro com o
ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo." (provérbios capítulo
27.17).
Em outras palavras, o "OUTRO" é uma
ferramenta para tornar o "eu" mais afiado, mas eficaz, mais
produtivo. Quando se evita a relação com o "OUTRO" perde-se
a oportunidade de se enobrecer o "eu . Amar, aceitar e respeitar
o "OUTRO" é não apenas o fundamento da ética e da moral, mas,
sobretudo o grande anseio da eternidade para a história, expressa no Natal, no
Menino que veio, cresceu, viveu e morreu para ensinar-nos o
verdadeiro significado do "OUTRO" , isto porque, o amor só toma forma
concreta quando se expande para além do "eu" e atinge o
"OUTRO". Quando o "eu" em-si-mesma, perde a grande oportunidade
de assemelhar-se ao grande "Eu", que é Deus, como também, costura uma
história sobre o egocentrismo, marcada pela dor e pela morte, e, neste
contexto, o Natal perde seu significado, porque não há o
"OUTRO", e, quando o "OUTRO" deixa de existir, morre-se o
"eu".
O que é Amizade:
Amizade é a relação afetiva entre os indivíduos. É o
relacionamento que as pessoas têm de afeto e carinho por outra, que possuem um
sentimento de lealdade, proteção etc.
A amizade
pode existir entre homens e mulheres, irmãos, namorados, maridos, parentes,
pessoas com diferentes vínculos. É um relacionamento social voluntário de
intimidade. Algumas bases do sentimento de amizade são a reciprocidade do afeto, ajuda mútua, compreensão e confiança.
A amizade
pode ter diversas origens, como o meio em que as pessoas convivem, por exemplo,
o trabalho, o colégio, a faculdade, amigos em comum, mas também pode surgir por
acaso. Alguns amigos, inclusive, se chamam de melhores amigos, pois se
consideram mais que amigos, um irmão de coração.
A amizade
não precisa acontecer com pessoas exatamente iguais, com os mesmos gostos e
vontades, e em certos casos é exatamente esse o fato que os une. A amizade tem
a função de acrescentar ao outro, com suas ideias, momentos de vida,
informações, ou é apenas ter alguém para dividir momentos e sentimentos.
Alguns
valores, atitudes e comportamentos relacionados com a amizade podem variar de
acordo com a sociedade ou com o momento específico da história.
Dia do Amigo
A amizade é tão
importante na vida das pessoas, que foi criado um dia específico para
homenagear a relação. O dia da amizade, ou dia do amigo, é comemorado em 20 de
julho, e a data foi criada por um argentino, a partir da chegada do homem à
lua, em 20 de julho de 1969. O argentino resolveu enviar cartas para diversos
países para instituir o Dia do Amigo, pois acreditava que a chegada à lua era
um significado de que os homens deveriam se unir.
Amizade Verdadeira
A amizade
verdadeira é muitas vezes considerada como algo utópico. Com o mundo globalizado, até onde as pessoas conseguem passar por cima
de seus interesses por uma amizade, e algumas pessoas acabam pensando mais em
si que no próprio amigo, prejudicando a relação.
Quando existe uma
amizade verdadeira, algumas pessoas intitulam essa de “melhor amigo”, que
consegue ser alguém melhor ainda que um amigo, o nível de lealdade, amizade,
atenção, carinho e afeto é muito maior, e estes costumam estar sempre juntos,
sendo confidentes e cúmplices. A nomenclatura de melhor amigo é mais utilizada
por mulheres, mas ambos os sexos tem seus próprios melhores amigos, que são
aqueles que o indivíduo leva para toda vida, e está presente em todos os
momentos.
Amizade Colorida
Amizade colorida é o relacionamento que acontece entre homens e mulheres, e também
pessoas do mesmo sexo. Amizade colorida é aquela onde mantém-se um envolvimento
maior que amizade e afeto, é um relacionamento amoroso e sexual, onde os
envolvidos continuam amigos, mas tem um contato maior, mais íntimo e intenso.
Em muitos casos, a
amizade colorida pode evoluir para um relacionamento amoroso, e virar namorado,
noivo e até mesmo marido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário